“Um deus nos estádios
Abrindo as retrancas,
Um desengonçado
Que as redes balança. [...]
Abrindo as retrancas,
Um desengonçado
Que as redes balança. [...]
Malasartes
do jogo
Driblando zagueiros,
Um bobo pra corte,
Um herói brasileiro.” – Antônio Nóbrega (Flecha Fulniô)
Driblando zagueiros,
Um bobo pra corte,
Um herói brasileiro.” – Antônio Nóbrega (Flecha Fulniô)
Eu ia começar dizendo que estou
fazendo algo que não costumo neste blog, quando parei pra pensar e descobri que
nunca falei aqui dessa grande paixão que tenho, o futebol.
No dia 20/01/2013 fez 30 da morte daquele
que pra mim é mais do que Pelé e Maradona, o Mané Garrincha, que de mané mesmo
não tinha absolutamente nada, mas fazia passar por bobos os zagueiros que
driblava com as pernas tortas e ágeis.
Há algo que me comove mais nisso
tudo. Garrincha é de uma época em que o futebol ainda era um esporte popular.
Se por um lado havia uma cartolagem, por outro não havia uma FIFA, que
constitui uma burguesia internacional associada e que faz valer seus interesses
com os métodos despóticos do capital. Naquela época, se as pessoas iam de terno
e gravata aos estádios, os preços eram para toda a população e não uma exorbitância,
o que não condiz com o espírito fraterno que deveria reinar no futebol, o que
existe mesmo é um verdadeiro fetichismo da bola.
Tenho
certeza de que Garrincha estaria muito chateado com o atual nível do futebol, esse
futebol-força de tropeções, esbarrões e 1 a 0. Minha homenagem a esse grande
craque vai no sentido de festejar um herói das massas, com alma popular, que
fazia jorrar poesia daquelas pernas tortas... Salve, Garrincha! Termino
deixando um vídeo com a música de Sérgio Ricardo (injustamente vaiada no
Festival de 1967), Beto Bom de bola, contando a história do craque que ficou
esquecido durante muitos anos.
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