A despeito de todo consumismo característico das festas de fim de ano, sempre é tempo de celebrar a solidariedade entre os homens. Não me interessa se o Natal foi apropriado pelo capital, como todas expressões religiosas (e as próprias religiões), tampouco me interessa saber se Cristo realmente existiu como enviado de Deus, cada qual tem seus motivos para acreditar ou desacreditar.
Por enquanto, me interessa apenas lembrar que Cristo era carpinteiro como o pai, de origem proletária, Maria uma moça igualmente pobre. Cristo contestou a ordem social vigente, e, à sua maneira, criticou a desigualdade social e o regime opressor da época, ansiando sempre a fraternidade e igualdade entre os homens. Não há contradição nenhuma entre os anseios de um comunista como eu e os de Cristo, nesse sentido. Se em nome de Cristo mataram, torturaram e trucidaram, em nome do comunismo muitas tragédias ocorreram pelo mesmo tipo de usurpação e distorção, bem como em nome da "liberdade" (e desta última mais ainda).
Desejo a todos um Feliz natal, em que possamos refletir qual o mundo que queremos para 2013.
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