segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Eleições na Venezuela: Outro passo adiante!




                Abrem-se as urnas e confirma-se o triunfo popular de Hugo Chávez Frías. Triunfa a candidatura da revolução bolivariana, que continuará levando adiante seu projeto transformador.
                Em 2005, a Venezuela foi declarada pela UNESCO como território livre do analfabetismo, de 1998 a 2006 a pobreza extrema baixou 50% e a pobreza geral 32%, a Mision Barrio Adentro levou a saúde pública com qualidade para milhares de venezuelanos pobres, que não tinham acesso a esse direito inalienável, uma bela parceria com Cuba, que enviou vários profissionais para ajudar a iniciativa.
                Também se fortaleceu a democracia. 16 eleições de 1998 pra cá, uma Constituição aprovada pelo voto popular (FATO INÉDITO NA HISTÓRIA), que permitiu a refundação da República Bolivariana da Venezuela e uma garantia de maior democratização, da cidadania, bem como igualdade de gênero, uma taxa baixíssima de desemprego, um salário mínimo que é o mais alto da América Latina, redução da desnutrição. Enfim, coisas do “idiota latino-americano” de esquerda. (Ver em http://venezuela-us.org/es/wp-content/uploads/2009/05/Fact-Sheet-13-in-13-ESP.pdf)
                Aliás, as Misiones são tão importantes e tão bem-sucedidas que Capriles prometeu a continuidade delas caso fosse eleito, numa tentativa desesperada de conseguir votos.
                A imprensa venezuelana também quis pintar a imagem de que Capriles era o Lula Venezuelano, mesmo quando o próprio Lula declarou apoio a Chávez.
                A vitória de Capriles Radonski, que apoiou o golpe fascista de Abril de 2002, repudiado pelo povo – como mostra o documentário “La revolución no será televisada”, significaria um retrocesso sem tamanho para a esquerda latino-americana e traria sérios riscos para a continuidade da democracia na Venezuela.
                A ofensiva neoliberal dos anos 1990 foi anunciada como a última pá de cal a ser jogada em cima do campo democrático-popular, em cima do socialismo. O “idiota latino-americano” estava morto. Várias crises depois, o verdadeiro idiota pode ser facilmente identificado como aquele que aceitou as receitas maravilhosas do Consenso de Washington.
                A Venezuela é socialista? Não. A Revolução Política em curso pode evoluir para uma Revolução Social? Acredito veementemente que sim! A população está conscientizada e mobilizada como já demonstrou em diversas ocasiões.
                A derrota do “bom moço” Henrique Capriles significa um não à volta ao passado, à perda de direitos sociais, que são um passo muito importante  se nossa meta é a superação do capitalismo.
                Nesse 08/10/12, não há melhor forma de lembrar Che Guevara do que festejando a opção do povo venezuelano pela continuidade da Revolução Bolivariana, no caminho do socialismo. Como escreveu Che numa dedicatória a Allende: “A Salvador Allende, que por distintos métodos, trata de obtendrer lo mismo”. Acho que essa mensagem pode ser facilmente levada a Hugo Chávez, que é sem dúvida um ícone importantíssimo da esquerda mundial.

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