Abrem-se
as urnas e confirma-se o triunfo popular de Hugo Chávez Frías. Triunfa a
candidatura da revolução bolivariana, que continuará levando adiante seu
projeto transformador.
Em
2005, a Venezuela foi declarada pela UNESCO como território livre do
analfabetismo, de 1998 a 2006 a pobreza extrema baixou 50% e a pobreza geral
32%, a Mision Barrio Adentro levou a saúde pública com qualidade para milhares
de venezuelanos pobres, que não tinham acesso a esse direito inalienável, uma
bela parceria com Cuba, que enviou vários profissionais para ajudar a
iniciativa.
Também
se fortaleceu a democracia. 16 eleições de 1998 pra cá, uma Constituição
aprovada pelo voto popular (FATO INÉDITO NA HISTÓRIA), que permitiu a
refundação da República Bolivariana da Venezuela e uma garantia de maior
democratização, da cidadania, bem como igualdade de gênero, uma taxa baixíssima
de desemprego, um salário mínimo que é o mais alto da América Latina, redução
da desnutrição. Enfim, coisas do “idiota latino-americano” de esquerda. (Ver em
http://venezuela-us.org/es/wp-content/uploads/2009/05/Fact-Sheet-13-in-13-ESP.pdf)
Aliás,
as Misiones são tão importantes e tão bem-sucedidas que Capriles prometeu a
continuidade delas caso fosse eleito, numa tentativa desesperada de conseguir
votos.
A
imprensa venezuelana também quis pintar a imagem de que Capriles era o Lula
Venezuelano, mesmo quando o próprio Lula declarou apoio a Chávez.
A
vitória de Capriles Radonski, que apoiou o golpe fascista de Abril de 2002,
repudiado pelo povo – como mostra o documentário “La revolución no será
televisada”, significaria um retrocesso sem tamanho para a esquerda
latino-americana e traria sérios riscos para a continuidade da democracia na
Venezuela.
A
ofensiva neoliberal dos anos 1990 foi anunciada como a última pá de cal a ser
jogada em cima do campo democrático-popular, em cima do socialismo. O “idiota
latino-americano” estava morto. Várias crises depois, o verdadeiro idiota pode
ser facilmente identificado como aquele que aceitou as receitas maravilhosas do
Consenso de Washington.
A
Venezuela é socialista? Não. A Revolução Política em curso pode evoluir para
uma Revolução Social? Acredito veementemente que sim! A população está
conscientizada e mobilizada como já demonstrou em diversas ocasiões.
A
derrota do “bom moço” Henrique Capriles significa um não à volta ao passado, à
perda de direitos sociais, que são um passo muito importante se nossa meta é a superação do capitalismo.
Nesse
08/10/12, não há melhor forma de lembrar Che Guevara do que festejando a opção
do povo venezuelano pela continuidade da Revolução Bolivariana, no caminho do
socialismo. Como escreveu Che numa dedicatória a Allende: “A Salvador Allende,
que por distintos métodos, trata de obtendrer lo mismo”. Acho que essa mensagem
pode ser facilmente levada a Hugo Chávez, que é sem dúvida um ícone
importantíssimo da esquerda mundial.
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