sexta-feira, 11 de maio de 2012

UMA AUSÊNCIA SENTIDA - PSOL-SP pisou na bola



            NO DIA de ontem, 09/05/12, tive o prazer de tocar junto ao grupo musical que pertenço, o CANTO LIBRE, num ato na ALESP (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, a Convenção Estadual de Solidariedade à Cuba.
            O ato consistia na fundação de uma Frente Parlamentar (encabeçada pelo Adriano Diogo, do PT de São Paulo) que englobará vários partidos.
            Fiquei feliz pela presença dos mais diversos partidos, cujas ideologias divergem em vários sentidos. Havia gente do PT, PSB, PCB, PCdoB, PCR, PC(ML) com um único propósito: defender a Revolução Cubana, aquela revolução que tanto fez por seu povo, que assegurou educação e saúde de primeira qualidade para os seus, e solidariedade para outros povos como na luta pela independência de Angola, na luta contra as ditaduras fascistas na América Latina, na construção do socialismo na Venezuela e auxílio médico ao sofrido povo haitiano.
            Não me surpreendeu a ausência dos agrupamentos trotskistas “clássicos”, que num erro teórico e prático que envergonharia o próprio Trotsky insistem em não defender o socialismo cubano. Contudo, surpreendeu-me a ausência do partido mais aclamado pela esquerda (ao menos em nível eleitoral) como uma alternativa à esquerda tradicional, que teria se perdido na luta; lá estava faltando o PSOL.
            Os camaradas do PSOL não podem, diante do genocídio promovido pelos EUA contra a Revolução e o povo cubano, ficarem omissos, como se não tivessem par nisso. Se o propósito do PSOL é uma sociedade socialista a defesa da Revolução Cubana deveria se dar sem pestanejar. Ainda assim, não enviaram sequer um representante.
            Que espécie de socialismo se pretende construir se se abdica do valor mais nobre que nós socialistas temos, a solidariedade? Como crer no PSOL como um partido capaz de conduzir as lutas num sentido socialista se ele ignora que ali vive um povo bravo que resiste firme e corajosamente contra a penetração capitalista estadunidense?
            Nutro pelo PSOL e por vários de seus militantes imenso respeito, principalmente por alguns quadros históricos da esquerda que ali estão, como Plínio de Arruda Sampaio, Milton Temer, o falecido Aziz Ab'Saber, dentre outros...
            Sei que o PSOL não se orienta pelo centralismo democrático. Mas mesmo que possua críticas ao modelo cubano – que não é nem se pretende ser o modelo pronto e acabado de socialismo , tem o dever de estar  ao lado do povo cubano.
           

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